COMO EXPLICAR
QUE UM MAGISTRADO SAIA DA CAPITAL PARA SOLICITAR UMA LIMINAR NO INTERIOR PARA
REVISÃO DE CONTRATO DE AUTOMÓVEL?
Numa certa cidadezinha do interior, província do sertão,
tomei conhecimento que um magistrado teria sido favorecido perante a justiça de
pequenas causas para obter de um outro colega magistrado uma liminar para
revisão de valores de pagamento de mensalidades de carro. Ora o magistrado
encontra-se lotado na capital de uma das cidades do nordeste e teria, saído de
lá para pleitear a concessão de uma liminar junto ao colega que não tem por
hábito a dedicação ao trabalho, comenta-se que, lá no arraiá, no meio do nada;
o magistrado que prestigiou o colega com a concessão de liminar tem por hábito
ausentar-se nas sextas feiras e somente retornar ás segundas feiras, já no
final de tarde, quando não volta na terça.O que faria um magistrado sair de uma
capital para pleitear uma liminar numa cidadezinha no meio do nada? A certeza
da concessão, tendo em vista que o entendimento da maioria dos Juízes da
distinta capital, só defere a liminar se mais de 50% das mensalidades tiverem sido
pagas.
Agora o que me intriga neste jogo de interesses e benefícios
pessoais, é justamente porque cargas d’água a OAB que teria reclamado da
morosidade do letárgico magistrado GOMINHO, na cidadezinha do além nada, mantêm-se
omissa quando, a mesma, chegou a ensaiar uma representação contra o magistrado tartaruga, e viajante contumaz?
Soube que esse magistrado viajante, certa feita teria
determinado a prisão de um pai de família quando, na audiência de uma briga de
casal o cônjuge varão teria se alterado com a ex esposa e o magistrado
enquadrado o pobre rapaz, com arbitramento de fiança em cinco mil reais; mesmo
a ex esposa insistindo que não se sentira ofendida e explicando que não passava
de uma briga de casal. Resultado, após reduzir a fiança para 10% do valor
inicial, o arbitrário magistrado gominho, mandou soltar o pobre vitória, depois
do mesmo mofar por uma semana na delegacia. Muita humilhação para um pai de
família que vivia da receita de um boteco.
Mas essas coisas só acontecem no meio do sertão, no meio do
nada, onde o vento faz a curva. Porque na capital não se arvoram a autoritários
e não são lenientes no exercício da atividade? Porque no meio do mato, digo no
meio de palmas e cactos , no fim do mundo ninguém fica sabendo de nada.
Mas continuo afirmando: Ainda aposto em gente séria ,honesta , justa e criteriosa no além nada do sertão nordestino.
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