CARTA ABERTA AO MAGISTRADO QUALQUER
Não faz muito tempo que recebi, no mister de minhas
atividades,uma vítima e assim tomei conhecimento pessoalmente que um certo amigo pessoal e intimo
de um certo magistrado de algum lugar desse país,teria surrupiado um ALVARÁ JUDICIAL
de 6 mil reais. A vítima, estando comigo, mostrei-lhe por “A+B” que o pagamento
havia sido feito ao advogado, amigo pessoal do Juiz. Esse advogado, recebeu o
dinheiro e continuou enrolando o cliente por quase 02 anos. Orientei ao cliente
do advogado que fosse cobrar do mesmo com a cópia do alvará em mãos e que
prestasse queixa na OAB no Ministério Público, acaso não fosse ressarcido.
Preocupado com a imagem do magistrado, liguei para ele e
informei-lhe o ocorrido, porque o dito alvará levava a assinatura do Digníssimo
Juiz. E assim foram várias outras formas
de atenção e dedicação;como elaborar sentenças, 40,50 sentenças por semana
trabalhando até alta horas da madrugada porque acreditava na integridade e
seriedade do magistrado.
Me senti usado quando pude perceber que entre minha
consideração e a amizade por um bandido, o magistrado optou por me colocar frente
a frente com meu algoz para “reconciliar”,
mesmo sabendo que isso jamais seria possível.Insistiu de tal forma nessa
postura que acabou conquistando minha antipatia e daí a minha busca insana pela
verdade dos fatos, do que todos diziam e eu prontamente rebatia. Veio da decepção
horrenda sobre os fatos e as provas apresentadas!
Tinha que cumprir com minha obrigação perante Deus e minha consciência
em busca da verdade. E pude perceber que
o grande mentor intelectual da sórdida vivência de grupos políticos partia
da afinidade profunda de um magistrado. Ele mantinha de pé a hegemonia desse
grupo, ele fazia esse grupo avassalar a cidade.
A sorte dele, é que sobreveio a minha situação clinica, com
um grave problema cardíaco, arrefecendo minha indignação e minha revolta que me
dispunha para os embates jurídicos, que sempre foi a tônica durante toda
a minha vida.
Aos 50 anos de vida, tive muitas decepções, porém nenhuma foi
tão virulenta quanto ao magistrado, a quem hora redijo a carta aberta.
Assim, do mesmo jeito que o advogado ladrão que ficou com o
dinheiro do cliente, é amigo do magistrado, do mesmo jeito que o chefe de
quadrilha é amigo do magistrado; do
mesmo jeito o magistrado acreditaria que este redator não teria dignidade suficiente
para se revoltar contra tudo isso e se expor para revirar as vísceras de quem tem
sob sua proteção tais elementos desprezíveis.
Ao magistrado apresento Deus, para que tenha piedade do mesmo
no momento que sua consciência estremecer perante o Criador, quando sobre ele
se abater os males espirituais que levarão filhos e família para o abismo,
então ele entenderá que o mesmo Deus que abençoa é o mesmo Deus que amaldiçoa.
Para o caixão Sr. Juiz não se leva casas, mansões, fortunas e
benesses. E não tem dinheiro que pague o sofrimento de toda uma família pelo
preço que o diabo cobra, tenha certeza disso.
Palavras de quem acreditava em Vossa Excelência! Se puder tenha um feliz ano novo.
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