XKeyscore é o sistema que monitora usuários na internet, diz jornal
De acordo com informações do jornal The Guardian, há um sistema de vigilância secreta chamado XKeyscore, o qual permite os serviços de inteligência dos EUA monitorar usuários e o que eles fazem na internet. Este sistema detalharia tudo o que um usuário comum faz, segundo os documentos publicados pela publicação.
A matéria, que foi assinada pelo jornalista Glenn Greenwald, cita documentos secretos vazados pelo ex-analista da CIA que também trabalhou na Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA),Edward Snowden.
XKeyscore e a vigilância na internet
Há uma série de informações em forma de apresentação que serviria de treinamento aos funcionários dos serviços de inteligência norte-americanos. E essas informações mostram algumas das possibilidades do XKeyscore.
A matéria indica que o XKeyscore permite que os EUA estabeleça vigilância, em tempo real, de e-mails, buscas na Web, sites, redes sociais e qualquer atividade online comum de um determinado usuário.
Todo esse sistema funciona em uma infraestrutura com cerca de 500 servidores espalhados pelo mundo. E esses servidores estão em países aliados, o que inclui o Brasil, assim como em países rivais dos Estados Unidos, como Venezuela, Rússia e China.
Segundo o material publicado, o XKeyscore estabelece padrões automáticos de busca e monitoramento, como um usuário que usa uma língua pouca usada em determinada região para realizar buscas. Ou quando alguém busca no Google Maps, por exemplo, possíveis locais para serem realizados ataques.
O documento ainda indica que o sistema teria ajudado os EUA a capturar mais de 300 terroristas, e que ele está sendo atualizado para se tornar ainda mais rápido e potente.
Vale ressaltar que a matéria do jornal Guardian foi publicada em um momento em que não só Edward Snowden, mas outros agentes que trabalharam na inteligência norte-americana dão depoimentos ao Senado norte-americano. Além do recente julgamento do ex-soldado Bradley Manning, condenado pelo maior vazamento de informações secretas da história dos Estados Unidos.
Em 2010, ele foi preso por ter entregado ao site WikiLeaks mais de 700 mil documentos e vídeos secretos do governo americano. Entre eles, vídeos que revelam ataques de soldados norte-americanos à civis desarmados no Iraque.
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