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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Barulho tolerância zero ou brincar de gato e rato?










Barulho tolerância zero ou brincar de gato e rato?

Por: Cecílio Almeida Matos

De boas intenções o inferno esta cheio...já diziam os mais antigos (mais antigos que eu!)...aos olhos do cidadão leigo a polêmica levantada pelo recém chegado Juiz Cláudio Pantoja, quando baixou por lavra conjunta, a portaria do “barulho zero”; curioso é que tal portaria apenas renasceu das cinzas e levantou-se do tumulo 10 anos após promulgada, porem jamais cumprida, exigida ou fiscalizada.

O barulho incomoda o Juiz ou ao público? Trata-se de ato de civilidade ou intervenção desproporcional? O fato é que bem ou mal a barulhada tomou conta da cidade e no fundo ninguém está aí ou ta chegando...é notório a “zuadeira” no centro, onde praticamente 03 bares disputam o maior “‘mugido” , achando que com isto esta atraindo mais clientes. De fato estão; de nível abaixo, rola a escada pra pior!

Mais pirotécnico é a chegada da “fiscalização”, coisa “hollywoodiana”, quatro ou cinco viaturas, policiais armados, escoltas, coronéis e o Juiz (quando da primeira vez), passados os dias, ficou-se a polêmica e a pirotecnia, pois dando-se as costas os mesmos “infelizes” voltam a “barulhentar” o ambiente e salve-se quem puder.

Jogo de xadrez? (não pra tanta burrice junta, não ode ser). É brincadeira de gato e rato mesmo, os “abusadores” do som, apostam na impunidade e na filosofia do esquecimento, dando-se tempo ao tempo para que a justiça se acomode e saia dos calcanhares firmes dos infratores, afinal de contas a lei já tem 10 longos anos que nunca foi aplicada.

Para ficar bem na fita com o novo Juiz, políticos locais asseguram a eficiência e aplicabilidade da dita portaria e garantiu que o judiciário torne-se agente esposado da gestão pública municipal. Isto só no campo da mídia, nos sorrisos dos clics das fotos e no temor reverencial de serem acusados pelo próprio juiz de descumprimento de ordem administrativa (pode????), o fato é que muito tiveram que engolir a seco a portaria e suposta usurpação de gestão e agora fingem-se cumprir o quanto determinado pelo solícito juiz(sem puxar saco, bastante competente)...viaturas em bando circulam nos bairros com seus agentes municipais, a compactuar com a farsa dantesca dos proprietários de som gritantes... Param e verificam que o som esta a contento,dão-se por satisfeitos e com a sensação do dever cumprido, voltam a circular.... os bares e os veículos sorriem desprezivelmente e volta a aumentar a toda prova o som, acima dos tais 55 decibéis exigidos pelo portaria...

Fiscalizado, o dever cumprido, o som de novo alto e a justiça agora peripatética (leia: A Escola peripatética dos ensinamentos de Aristóteles), acreditam terem todos atendidos os seus conformes e para apresentar resultados e estatísticas á imprensa afirmam que quando em vez apreenderam um som , ou um carro qualquer (quantos? E quando?).

Sem fiscalização real e efetiva, continuaremos nessa brincadeira de gato e rato, numa pantomima que finge ser para ver com seria se realmente fosse, e o pior, tudo não passa DE MÁ EDUCAÇÃO MESMO, pois por falta de opção, condução e estrutura para o lazer as pessoas vão aos bares nem sempre para sujeitar-se a barulheira e infernos sonoros.

Vou “ensinar” (como se já não soubessem) o que devem os agentes fiscalizadores fazer: disfarçados, a paisana, sentam-se e pedem uma agua, um refresco, ou um refrigerante, já que não podem beber em serviço; tiram do bolso o medido (decibelimetro) e auferem o ambiente, daí, pegam seus celulares e ligam para as viaturas que já estariam nas adjacências para dar suporte e com o poder de policia que têm aplicam a multa ou procedem a apreensão dos equipamentos (ou ambos), feito isto a primeira, segunda vez.... todos começariam a levar a sério e não deixaria o poder judiciário na atual situação delicada que se encontra...

Mais, enquanto continuarem a brincar de gato e rato, o povo verá e discutirá o assunto apenas como polêmica e todos, na semana santa, tal qual fez Pôncio Pilatus lavaram as mãos e degustaram seus peixes regados a vinho do porto, em a(u)to e bom som!

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