Quem acompanha, como eu, as edições do Diário Oficial do Estado espera que haja desdobramento em Alagoas das prisões feitas no Ministério do Turismo.
Amparadas na inexigibilidade de licitação para a contratação de bandas (podres) e/ou de empresas que montem as “festas do interior”, as prefeituras gastam, sem pena, o dinheiro de emendas parlamentares ao orçamento do mesmo Ministério do Turismo. Os valores são impressionantemente altos, tudo financiado pela “viúva”.
A farra é grande, e a turma ri porque rico ri à toa.
Tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público Federal, numa varredura, pode se deparar facilmente com empresas festeiras de propriedade de parlamentares, ex-prefeitos, gente do ramo da trambicagem, com vasta folha corrida. (Pode ser que a investigação até já esteja em curso. Tomara.)
Alguns sabem, com antecedência, que a grana do tal ministério vai ou está sendo liberada. A negociata é rápida e as duas partes se dão bem: uma mão suja a outra.
Basta pegar a relação das prefeituras que receberam as emendas para as “festas do interior” nos últimos dois anos; verificar que empresas foram contratadas – sem licitação – checar quem são os donos (se laranjas, inclusive); e meio caminho está andado.
É importante até mesmo para separar o joio do trigo.
Só no ano passado, em todo o Brasil, o Ministério do Turismo liberou quase R$ 1 bi de emendas parlamentares. É uma ocasião para fazer muito ladrão.
Inclusive, aqui.
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