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sexta-feira, 9 de março de 2012

PICARETA É PRESO POR ESTELIONATO APÓS TENTAR VENDER ILHA

Ex-empresário de Ricardo Chaves pretendia vender ilha por R$ 35 milhões

Ele chegou a se tornar vice-presidente regional do Citybank, instituição da qual foi demitido por praticar irregularidades




Da Redação 

Maurizzio Cersosimo Matos, 49 anos, ex-empresário do cantor Ricardo Chaves, falsificou a escritura de uma ilha na Baía de Todos os Santos, cujo proprietário já havia morrido, e planejava vendê-la por R$ 35 milhões. A informação foi divulgada pela assessoria da Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (9). 

Maurizzio foi preso por determinação judicial, na manhã de hoje, no condomínio de luxo Encontro das Águas, localizado na Estrada do Coco, em Lauro de Freitas. Também foram presas a mulher dele, Cláudia Accioly Matos, sócia do golpista em várias empresas de fachada, e a empregada do casal, Cláudia Pedrosa dos Santos, utilizada como “laranja”.   

No imóvel, investigadores da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (DECECAP) apreenderam dois carros de luxo registrados em nome do casal. Segundo a polícia, a falsificação da escritura está entre os golpes mais recentes aplicados por Maurizzio, de ascendência italiana e ex-vice presidente regional do banco Citybank. 

Ex-empresário do cantor foi preso em condomínio de luxo 

Depois de submeterem-se a exames de corpo de delito, no Departamento de Polícia Técnica (DPT), Maurizzio, Cláudia Accioly e Cláudia Pedrosa serão mantidos à disposição da Justiça. O casal ficará custodiado na carceragem da Polinter, no Complexo Policial dos Barris. 

A delegada Pilly de Faria, titular da DECECAP, indiciou os três em inquérito policial por estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha. O mandado de prisão preventiva contra Maurizzio foi  expedido pelo juiz Eduardo Afonso Maia Cariccio, da 2ª Vara Crime. 

Golpe nos Estados Unidos
Além da Bahia, o casal agia em Pernambuco, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, tendo o ex-empresário de Ricardo Chaves sido preso nos Estados Unidos, em 14 de outubro de 2004. 

Naquele país, ele tentou descontar, na cidade de Houston, no Texas, um cheque no valor de R$ 1.600 milhão, proveniente, segundo a polícia, de um golpe aplicado em uma empresa paulista. 

Em fevereiro do ano seguinte, poucas semanas antes de uma audiência na Justiça americana, ele fugiu para o Brasil, entrando no país com um passaporte italiano, já que tem dupla cidadania. O passaporte brasileiro continua retido nos Estados Unidos, onde o golpista não pode mais retornar, sob o risco de ser preso novamente.

Empresas lesionadas 
Chegando à Bahia, Maurício providenciou a emissão de segunda via dos documentos pessoais, alegando que havia perdido os originais. Prosseguindo na atividade criminosa no Brasil, ele teria aplicado golpes em diversas empresas, entre as quais uma imobiliária, uma fábrica de charutos, blocos de Carnaval, agência de publicidade, uma Marina em Salvador e casas de espetáculos, entre outros segmentos. 

Colegas de turma 
Antes ser preso nos Estados Unidos, Maurizzio atuou como empresário Ricardo Chaves, que também foi lesado. Ele graduou-se em administração em 1984 e foi colega de turma do cantor. 

O empresário chegou a se tornar vice-presidente regional do Citybank, instituição da qual foi demitido por praticar irregularidades. Afastado da instituição financeira, tornou-se empresário de Ricardo Chaves e, durante os quase dois anos de vigência do contrato, prejudicou financeiramente a carreira do cantor, que o processou judicialmente.

Condenado no ano passado pela 11ª Vara Crime, em primeira instância, Maurizzio também responde a processo na 7ª Vara Crime. Ele já foi indiciado em sete inquéritos policiais pela delegada Carmem Dolores Bittencourt, lotada, na época, no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP). 

A maioria dos inquéritos já está na Justiça, e todos foram instaurados após denúncia ao Ministério Público.


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