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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

NUDEZ TOTAL: MASSARANDUPIÓ, A VIDA COMO DEUS A FEZ...


MASSARANDUPIÓ

Quando algum cineasta de Hollywood realizar um novo filme sobre o Paraíso, com certeza poderá escolher Massarandupió como locação. Basta subir uma das altas dunas brancas da segunda linha que fecham o local pelo oeste para descortinar um dos mais lindos cenários de marinha do planeta.


Durante o período do Império, o nobre português Garcia D'Ávila recebeu como concessão toda a faixa litorânea ao norte de Salvador, de Itapuã a Mangue Seco na divisa com o estado de Sergipe, para colonizar e desenvolver. A região, hoje denominada Área de Preservação Ambiental (APA) do Litoral Norte, dotada de rara beleza natural, fora habitada por índios de uma então já quase extinta tribo conhecida por Massarandupiós. Segundo registros encontrados no Instituto Histórico e Geográfico da Bahia, os Massarandupiós teriam tido sua principal taba na região onde hoje está o atual povoado de Massarandupió.
Mas não é o que contam os mais antigos moradores do povoado, como Seu Cristóvão. Segundo estes, o local teria sido denominado em virtude de ali ter havido alguns pés de maçaranduba (do tupi masarã'duwa), árvore que produz um pequeno fruto bacáceo amarelo. Em algum tempo remoto, meninos que chupavam as bagas das árvores dali teriam considerado-as piores que as de algum outro local, passando a referir-se como ao lugar da maçaranduba pior, ou por corruptela aglutinada "Massarandupió".

Massarandupió é um pequeno povoado pertencente ao Município de Entre Rios, na Bahia. Possui uma faixa litorânea de cerca de oito quilômetros de extensão total de rara e quase intocada beleza, estando no coração da ZPR (Zona de Proteção Ambiental Rigorosa) da APA (Área de Preservação Ambiental) do Litoral Norte da Bahia. O povoado em si está concentrado a cerca de quatro quilômetros de distância da rodovia Linha Verde por uma estrada de chão batido que o corta em direção à praia, outros três quilômetros mais adiante.

A praia de Massarandupió é quase retilínea, de areia fofa e clara, mar calmo cujas tonalidades entre o verde e o azul são belíssimas, apresentando pequenas faixas de rochas na linha de preamar em alguns pontos. Toda a extensão da praia é emoldurada por uma alta fileira de dunas cobertas por vegetação rasteira e imponentes coqueiros. Por trás destas dunas há um vale de cerca de trezentos metros de largura até uma segunda linha de dunas ainda mais altas de areias muito brancas que limitam a vegetação mais densa de mata atlântica por trás destas. O vale entre as dunas do mar e da mata é cortado por um riacho de águas ferruginosas muito quentes à tarde, totalmente livres de qualquer poluição e que forma piscinas naturais em alguns pontos.

Ao norte da entrada principal da praia, o vale ainda apresenta um manguezal intacto de cerca de dois quilômetros de extensão até a foz do riacho, que fecha Massarandupió pelo norte fazendo limites com Subaúma. Para o sul da entrada principal pela praia, depois de cerca de mil e quinhentos metros, encontra-se alguns blocos de lajes rochosas na linha de preamar que tornam a natação neste local não recomendável, mas o visual bonito e a pesca satisfatória. Trezentos metros mais ao sul está o balizamento da entrada oficial da reserva naturista, com uma faixa de adaptação à nudez de duzentos metros, onde homens devem despir-se totalmente e mulheres podem permanecer em "top-less". A partir daí para o sul são mil e oitocentos metros de nudez, liberdade, fraternidade, alegria, descontração, respeito e paz.
Dentro da área naturista, há barracas com serviços de bar e restaurante, que servem petiscos inigualáveis e cerveja ou refrigerantes muito gelados. Mas é preciso salientar que a nudez só é liberada (e até obrigatória) dentro da reserva naturista. Sob hipótese alguma é tolerada a nudez nos arredores, ou no povoado. Exceto na pousada naturista.


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