AÇÕES DA PETROBRAS SOBEM RAPIDAMENTE
GRAÇA FOSTER E SUA EQUIPE PERIPATÉTICA JÁ VAI TARDE!
DILMA ACERTA SAÍDA DE GRAÇA FOSTER DA PETROBRAS
A presidente Dilma Rousseff vai mudar toda a diretoria da Petrobras. A
saída da presidente da companhia, Graça Foster, é questão de dias e
está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de
2014 da estatal. Dilma conversou nesta terça-feira, 3, com Graça,
durante três horas, no Palácio do Planalto, e comunicou a decisão. O
governo procura agora um nome do mercado para substituir a executiva.
Dilma quer repetir a solução “a la Levy”, uma alusão ao ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, que era diretor do Bradesco e foi chamado para o
governo com a missão de resolver os problemas na economia e acalmar o
mercado. Na avaliação da presidente, depois da Operação Lava Jato, que
escancarou um esquema de corrupção na Petrobras, a companhia precisa de
um nome de peso para limpar sua imagem.
Na lista dos cotados para substituir Graça estão o ex-presidente do
Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora
Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX. O problema é que o
governo está enfrentando dificuldades para encontrar quem queira ocupar
a presidência de uma empresa em crise, alvejada por denúncias de
corrupção.
Reunião
Graça chegou ao Planalto por volta das 15h. Ela foi chamada a
Brasília por Dilma para uma conversa sobre a situação da empresa. Ela
sofreu forte desgaste político ao divulgar que os ativos da empresa
foram inflados em R$ 88,6 bilhões. E sua imagem piorou ainda mais com
declarações de que a exploração de petróleo cairá “ao mínimo necessário”
e de que haverá corte de investimentos e desaceleração de projetos.
Enquanto ela e Dilma conversavam, a agência de classificação de risco
Fitch divulgou o rebaixamento dos ratings de probabilidade de
inadimplência do emissor (IDR, na sigla em inglês) de longo prazo em
moedas estrangeira e local da Petrobrás de BBB para BBB-. A agência
ainda colocou todos os ratings em escala nacional e internacional em
observação para possível rebaixamento.
Nesta terça, a agência de classificação de risco Moody’s afirmou que o
rating da Petrobras pode ser novamente rebaixado se a relação dívida
líquida/Ebitda da companhia ficar acima de 5 vezes por um período
prolongado.
A afirmação consta de relatório que visa responder perguntas
frequentes dos investidores sobre a companhia. Apesar do anúncio, as
ações da estatal disparam 15% na Bovespa, na esteira dos rumores, agora
confirmados, sobre a troca da presidência da companhia, e da diretoria.
Inicialmente, a ideia era manter Graça no cargo para que continuasse a
funcionar como um “colchão”, uma barreira para evitar que crise da
empresa atingisse o Planalto e diretamente a própria presidente Dilma
Rousseff.








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