SEGUNDO O PLANALTO SERGIO MORO ESTARIA A SERVIÇO DA OPOSIÇÃO COM INTUITO DE DESTITUIR O GOVERNO DILMA
Passou da hora do governo reagir, contra Aécio Neves.
Acarajé leva governo a comprar briga com Moro
247 – Foram
necessários pouco mais de dois anos de Operação Lava Jato para que o
governo federal se convencesse de que o juiz Sergio Moro, que conduz
força-tarefa curitibana, possui uma agenda política, que contempla
objetivos como a destruição do Partido dos Trabalhadores, a derrubada da
presidente Dilma Rousseff e a inviabilização da eventual volta do ex-presidente Lula ao poder.
Essa conclusão foi tomada pelo
núcleo político do governo federal após a mais recente etapa da Lava
Jato, batizada como Acarajé, que levou à prisão o marqueteiro João
Santana, responsável pela campanha da presidente Dilma Rousseff. Isso
fará com que, a partir de agora, ministros do governo federal passem a
confrontar explicitamente as posições do juiz paranaense e de
integrantes da força-tarefa.
O primeiro a agir dessa maneira foi Ricardo Berzoini, ministro da Articulação Política. Ele afirmou,
em entrevista à agência Reuters, que há uma tentativa de se fazer um
"impeachment cautelar" para evitar a candidatura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva em 2018. Depois de afirmar que "algumas coisas no
Brasil estão sendo tratadas de maneira muito precipitada", Berzoini foi
questionado se essa era uma crítica direta ao juiz Moro. "Claro que é
uma crítica. Eu acho que a lógica desse processo (operação Lava Jato)
está comandada por uma visão midiática e uma tentativa de criar um clima
de constrangimento no país", disse o ministro.
Integrantes do núcleo político do
governo federal se convenceram de que o objetivo da etapa Acarajé é
justamente alimentar as quatro ações movidas no Tribunal Superior
Eleitoral pelo PSDB que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer e a
diplomação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) como novo presidente da
República.
Há também indignação no governo
federal com o fato de nada ter sido feito em relação ao senador Aécio,
no âmbito da Lava Jato. Embora tenha sido citado por vários delatores,
seus casos têm sido arquivados nos tribunais superiores por falta de
provas. O que se diz, no Palácio do Planalto, é que não há provas porque
não houve empenho, por parte da força-tarefa curitibana, em buscá-las.
Aécio já foi citado como responsável por um mensalão em Furnas, durante o
governo FHC, e como o "mais chato" cobrador de propinas da UTC.
A mudança do governo federal em
relação a Moro e sua equipe representa uma inflexão importante. Até
agora, nenhum ministro, em especial José Eduardo Cardozo, da Justiça,
ousava fazer qualquer crítica à Lava Jato. Ao contrário, o que se dizia
era que a Lava Jato era mérito do governo federal, que permitia toda e
qualquer investigação, doa a quem doer.
A partir de agora, no entanto, Moro
passará a ser confrontado por diversos ministros. Talvez, porque a água
tenha batido no pescoço.
Fonte: ;brasil247
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